quinta-feira, julho 01, 2010

Sodoma é Aqui.

O Rev. Hermes Fernandes é um dos meus pregadores brasileiros favoritos. Aí vai o seu sermão "Sodoma é Aqui". Neste sermão, ele denuncia um pecado sério que está corroendo a nossa sociedade: a apatia e alienação de muitos cristãos em relação as desgraças sociais.











6 comentários:

Robson disse...

Por falar em Hermes Fernandes...

Tem um cara que não gosta dos textos dele, especialmente os que ele posta no site Genizah. Um dia ele fez uma análise do filme "Homem de Ferro 2", comparando o herói a Jesus.

Mas o cara (bem fundamentalista) achou o contrário, que o herói do filme se identificava muito mais com o anticristo do que com Jesus. E fez esta análise:

http://blog.teophilo.info/2010/06/quem-e-seu-heroi.html

Eu sei ele viajou em algumas partes, mas olhando bem, o texto do HF é bem fora de propósito. Veja o texto original:

http://hermesfernandes.blogspot.com/2010/05/homem-de-ferro-heroi-sem-frescuras.html

Anônimo disse...

Muito bom o sermão!

Frank Brito disse...

Robson, meu caro irmão em Cristo!

Eu não assisti o filme. Também nunca li nenhuma revistinha do homem de ferro (na minha adolescência eu gostava mesmo era do X-Men, do Superhomem e do Homem Aranha =P). Vou comentar o que você colocou somente com base no que foi dito nos blogs, ok?

Em primeiro lugar, o Hermes não comparou o Homem de Ferro com Jesus em seu texto. O texto compara o homem de ferro com os cristãos e não com Jesus. Mas antes de comentar a comparação do Hermes propriamente dita, quero comentar algo sobre "comparações" e "alegorias" de forma geral...

Em toda a Bíblia e em especial nos evangelhos, lemos muitas comparações que Jesus faz a respeito do Reino de Deus. Mas em uma comparação só o que é comparado é alguns atributos daquilo que é comparado e não todos os atributos. Jesus disse "sede prudentes como a serpentes". Mas a comparação aí se refere somente ao aspecto da "prudência" e não a todos as características que uma serpente pode ter. A "serpente" é usada em outros lugares das Escrituras falando de suas características ruins. Alguém poderia pegar isso e dizer que a serpente é símbolo do Diabo e criticar Jesus por mandar as pessoas serem como o diabo. Mas essa comparação de Jesus tem em vista um único aspecto: a prudência. É assim que funciona toda comparação. O próprio Jesus é comparado a muitas coisas na Bíblia. Mas é claro que a comparação não pode se referir a todos os aspectos daquilo com o qual se compara, pois nada poderia ser igualado a Jesus.

Mas vamos a comparação do Hermes propriamente dita e o comentário do seu amigo...

Frank Brito disse...

Como eu disse, o Hermes não comparou o Homem de Ferro com Jesus em seu texto. O texto compara o homem de ferro com os cristãos e não com Jesus.

A primeira comparação que o Hermes faz está no fato do Homem de Ferro não esconder a sua identidade e diz: "Semelhantemente, somos chamados por Deus a viver com o rosto descoberto...Ela não pode ser uma espécie de armário onde as pessoas escondam". A comparação do Hermes aqui é relacionado simplesmente com a hipocrisia. Ele simplesmente diz que a maioria dos super-herois escondem a verdadeira identidade, que a maioria dos super-herois não são aquilo que se apresentam como sendo. E daí ele diz que os cristãos não devem ser assim. Os cristãos devem manter uma identidade única e consistente.

O seu amigo força essa comparação completamente levando a questão até para o campo da cristologia. É equivalente a alguém ouvir Jesus dizendo "sede prudentes como as serpentes" e acusando Jesus de mandar as pessoas serem venenosas como as serpentes. A comparação simplesmente não é essa. Ele tem que se ater a comparação dentro daquilo que a comparação foi feita e não esticar isso para outros aspectos daquilo com o qual a comparação existiu. O erro do seu amigo está em esticar a comparação para coisas que não existiu dentro da comparação do Hermes.

Olha só como o seu amigo estica a coisa:

"Imagino o quão frustrado esse pastor deve ter se sentido ao ler a passagem onde o Senhor Jesus Cristo foi tentado, após o jejum no deserto, por satanás… será que não usar de seus poderes como Filho de Deus foi algum tipo estratégia para preservar sua identidade secreta? Pior ainda foi quando Ele se deixou crucificar e morreu na cruz: se quisesse ele poderia acabar com todo este mundo num piscar de olhos, mas aos 33 anos ainda ocultava seus poderes por conta de estar vivendo uma crise de identidade típica de adolescentes!"

A comparação do Hermes foi simplesmente relacionado a não se hipócrita. Mas o seu amigo estica a questão para o campo da cristologia e acaba deixando escapar uma noção herética sobre a pessoa de Jesus Cristo (espero que tenha sido sem querer). Ele da a entender que Jesus tinha "super-poderes" de fato, mas que escondia tal super-poderes "por amor".

Acontece que Jesus Cristo-Homem de fato não tinha super-poderes. A idéia de que Jesus Cristo estava somente "parecendo" ou "fingindo" ser humano é na verdade um conceito gnóstica. "Esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens". - Filipenses 2.7 Aquilo que Jesus operava não era com base no poder do Pai por meio do Espírito. Mas em si mesmo, ele estava "esvaziado". "Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma". -Joh 5:30 Lembra que Jesus não sabia o dia e a hora de sua vinda? Isso não era um faz de conta. Isso era a realidade. Jesus não estava escondendo nada. Isso é um conceito gnóstico.

Robson disse...

Hum... mas Jesus se esvaziou porque ele quis, não é? Ele poderia muito bem, no momento que estava pregado na cruz, se "re-encher", e dar um razante, destruindo todos os soldados com os olhos, igualzinho um super-herói. Ele tinha poder para isso, não?

"Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma". Isso significaria que ele estava esvaziado não por humildade e volutariamente, mas compulsoriamente, como se Deus Pai o tivesse ordenado a se esvaziar?

Frank Brito disse...

Se ele desse uma de super-homem, não seria verdade que "humilhou-se a si mesmo, tornando-se OBEDIENTE até a morte".(Filipenses 2.8)

Não há dicotômia compulsória/voluntária. O que o Pai ordena, o Filho obedece voluntáriamente.